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Existe uma “corrente” que parece funcionar mesmo.
Se estiver um conjunto de pessoas num dado local, basta que uma boceje, para que os restantes indivíduos à sua volta, comecem igualmente a abrir a boca.
Não sei se é por sugestão, mas é um fenómeno curioso.
RG
Por volta dos anos 70/80, existia uma moda curiosa.
Haviam pessoas que, pegavam naqueles grandes rádios rectangulares, colocavam-nos aos ombros, e ala por tudo o que é sitio público a debitar música aos altos berros.
Era bonito vê-los pelas ruas, pelos parques, ou nas praias, a partilharem as suas preferências musicais, com os restantes cidadãos.
Bom, se calhar não era assim tão bonito. Se calhar era até um bocadinho incomodativo. Diria mesmo irritante.
Que diacho, é que nessa altura já haviam os “walkman” de K7. Porque é que esses indivíduos insistiam em azucrinar a paciência dos outros, perfurando-lhes os ouvidos, com o ruído distorcido que saia daqueles calhamaços?
Com o decorrer do tempo, entretanto, as coisas mudaram.
Para além das dores de ombros e de costas, que aqueles rádios deviam causar, a tecnologia foi avançado.
Vai daí, com a chegada dos potentes auto-rádios, e respectivos amplificadores e colunas, esse pessoal, passou a fazer o favor de partilhar gentilmente a sua eleição musical, através dos automóveis.
Nada como um belo passeio pelas estradas, e alegrar o resto da comunidade, com uns belos graves a serem debitados do sistema de som. Mesmo que sejam 3 da manhã, é sempre de louvar o gesto nobre desses altruístas, ao porem o volume no máximo, para a música poder ser ouvida num 4º andar.
Finalmente, a última moda.
Com o surgimento dos telemóveis, há agora uma nova forma de se partilhar música.
A maioria dos últimos modelos possui, entre várias funcionalidades, o chamado leitor de Mp3.
Desta forma, uma pessoa normal, pode ouvir as suas musiquinhas, em qualquer lado, através dos auriculares que são fornecidos com o telemóvel.
Já as pessoas que gostam de alegrar o sítio por onde passam, o que é fazem? Metem as referidas gerigonças, num sistema semelhante ao “alta-voz”.
Estes telemóveis são o sonho, dos partilhadores de música.
São bem mais fáceis de transportar, em relação aos rádios de antigamente, e podem acumular uma quantidade enorme de canções.
Resultado, nada como ir, por exemplo num transporte público, em hora de ponta, atulhadinho de gente, e começar a ouvir uma música que normalmente varia entre um pop chunga, e um hip-hop banal.
Ao principio, ainda pensamos que é apenas o toque do telemóvel, e que o respectivo dono ou a dona, está surdo, e não atende.
Mas com o passar do tempo, constatamos que vamos ter que gramar com aquele som por muito tempo, para alegrar a nossa monótona viagem.
Ahhh…que maravilha.
RG
Segundo as notícias de hoje, 10% das crianças que nascem em Badajoz, são portuguesas, filhas de pais que vivem maioritáriamente em Elvas.
Antes, ia-se lá buscar caramelos, agora vai-se buscar niños e niñas.
RG